sábado, 17 de julho de 2010

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


Vinicius de Moraes

2 comentários:

..Silvinha.."...." disse...

Dedico esse Soneto p minha querida amiga Isabela..Te amo

Isabela disse...

vTu és uma das almas mais belas que encontrei!
Em ti busquei apenas dois sorrisos:
um para as horas de tristeza,
outro para as horas de alegria.
Mas acabei recebendo:
gestos,sentimentos,
companherismo, cumplicidade, amizade, carinho...
Recebi muito mais do que dois sorrisos,
pois recebi mais do que busquei,
recebi mais do que merecia,
por isso, sou feliz !